Os periquitos são aves extremamente alegres e barulhentas, que podem ser criadas em casais e em grandes grupos, até mesmo com outros tipos de aves. No entanto, os periquitos podem também ser criados individualmente, com a condição de que sejam adquiridos numa idade precoce, para se acostumarem com os seus donos. Na verdade, muitas pessoas dizem que os periquitos australianos são as aves mais alegres de que se tem notícia.
É muito comum vermos os mais variados tipos de objectos de brincadeira para estas aves, como por exemplo poleiros, baloiços, bolinhas, e tudo o que existe para manter os periquitos alegres e animados.
Os periquitos são as aves de gaiola mais conhecidas entre o público em geral, principalmente pela seu aspecto alegre e manso, podendo inclusive, aprender algumas palavras se os donos tiverem paciência.
O naturalista John Gould foi o responsável pela primeira saída desta ave do seu país natal, a Austrália, em 1840. Gould publicou um livro a respeito dos periquitos australianos, o que difundiu a espécie por toda a Europa, e em seguida, Estados Unidos e América Latina. A ave fez tanto sucesso que o Governo da Austrália teve que criar leis que punissem o contrabando e a caça ilegal, já que ela estava em risco de extinção. Apesar de não correr mais esse risco, pois hoje em dia o periquito está presente em muitas casas e ambientes ao redor do mundo, a caça continua proibida na Austrália.
Esta ave pode ter aproximadamente 18 centímetros, dependendo da variedade de periquito. A diferenciação entre machos e fêmeas pode ser feita através da cera azul dos machos, enquanto que nas fêmeas é castanha.
Os periquitos são muito fáceis de criar. Esta ave não constrói ninho, e as caixas de ninho são levemente inclinadas para evitar que os ovos rolem e se afastem uns dos outros, e não sejam chocados. Põem entre quatro a seis ovos por ninhada, que são chocados pela fêmea por um período de 18 dias. Depois de nascerem, as crias são alimentadas por ambos os progenitores.
A plumagem surge depois de, aproximadamente, quatro semanas de vida, altura em que ainda não estão prontas para cuidarem de si próprias, sendo necessário o cuidado dos progenitores até as cinco semanas. A coloração definitiva dos periquitos surge após quatro meses de vida.
Os periquitos da Austrália podem ser criados em qualquer tipo de ambiente, ou seja, aviários fechados, gaiolas, ou ao ar livre. A única coisa que não se recomenda é colocar plantas juntamente com o periquito, pois esta ave vai destruir toda a decoração verde do aviário. Mas, por outro lado, podem colocar diversos tipos de objectos no aviário ou gaiola, para que possam trepar à vontade.
Os periquitos da Austrália são aves muito fortes e não têm qualquer tipo de problema em relação à localização do aviário ou da gaiola. O criador não vai ter qualquer problema, desde que proporcione um bom isolamento no Inverno e um abrigo nocturno para os pássaros.
A alimentação deve ser à base de verduras, frutos e sementes, além de uma ração especial para periquitos australianos. Seu alimento favorito é o milho verde, que pode ser dado duas vezes por semana, mas retirado após duas horas para não fermentar. É importante também oferecer verduras frescas para facilitar a digestão e arenito. Alpista, aveia descascada e papa fortificante também podem fazer parte da sua dieta. Também pode procurar nas casas especializadas, algum tipo de suplemento vitamínico e cálcio.
Depois de longos anos de criação em cativeiro, podemos encontrar os mais diversos tipos de variações cromáticas nos periquitos da Austrália. Estas aves podem ser classificadas de uma forma geral, em cores normais ou cores gordurosas. As cores normais são as que têm as cores naturais da espécie, como os tons de verde, de azul, cor de malva, cinzentas e violetas.
As cores gordurosas incluem os albinos e os lutinos, que são, respectivamente, as aves brancas e amarelas com os olhos vermelhos. Existem também os periquitos amarelos e brancos, os malhados, os periquitos com marcas anormais, ou aves que apresentam cores desbotadas, ou cores diferentes do normal. Outra espécie relativamente comum é o periquito de rosto amarelo, que apresenta uma máscara amarela, ao invés de branca.
Fonte: arcadenoe.sapo.pt
O primeiro requisito é um local onde os periquitos possam criar. Pode ser um telheiro, uma garagem, uma cave, uma divisão inutilizada ou mesmo um aviário especialmente construído para o efeito. Será uma boa ideia começar num local onde exista muito espaço, ou pelo menos algum espaço que possibilite alguma expansão, o que será inevitável pois, assim que os periquitos começarem a criar o espaço começará a escassear, a não ser que seja psicologicamente muito forte! Lembre-se de que irá necessitar de gaiolas de stock e voadeiras nas quais possa manter as aves quando elas não estão a criar, e os mais novos enquanto decide com quais vai ficar.
Seria também uma boa ideia disponibilizar para as aves uma luz nocturna. As aves tendem para entrar em pânico quando são deixadas no escuro e existe um barulho ou algum flash de luz que elas não conhecem. Quando as luzes principais se apagam, deve deixar-se uma luz de baixa voltagem acesa que proporcione luz suficiente às aves sem as manter acordadas. Isto também ajuda a evitar a possibilidade de uma fêmea deixar o ninho durante a noite e depois não conseguir encontrar a entrada para o seu ninho, deixando os ovos arrefecer ou as crias morrer de frio.
Tem também de decidir se vai criar por prazer, por novas cores ou para exposições. Isto irá influenciar bastante o tipo de aves a comprar e o preço a pagar.
A maioria das pessoas começa pelo gosto das variedades de cores que pode encontrar nos periquitos. Neste caso pode adquirir as suas aves em qualquer lugar onde as possa encontrar à venda mas certifique-se de que são saudáveis. Se pretende entrar em exposições e tem uma natureza competitiva, então compre os melhores periquitos que puder a criadores com alguma reputação.
Uma sugestão para quem quer comprar pássaros de qualidade para exposições é, levar a nossa melhor ave numa gaiola e perguntar ao criador se a podemos comparar com aquela que queremos comprar. O mais provável é o criador não querer que a nossa ave entre no seu aviário, devido ao risco de infecções, mas provavelmente não se oporá a que compare as duas aves fora do aviário. É muito fácil deixar-se levar num aviário de outra pessoa e, quando chegamos a casa, descobrimos que já temos aves melhores que aquela que acabamos de comprar. Se procurar por um parceiro(a) para uma ave em particular, então leve-a consigo, de forma a poder verificar se a sua escolha se adequa para essa ave em particular.
Seja qual for o motivo pelo qual pretende começar a criar periquitos, três casais serão um bom começo. Dar-lhe-ão alguma experiência de criação sem que tenha de ter muito trabalho. Terá tempo para conhecer as suas aves, o seu comportamento e as suas necessidades.
Certifique-se de que as aves estão em condições para criar antes de as encasalar. Isto significa que elas deverão ser activas, as fêmeas deverão cantar e roer tudo o que vêem e os machos deverão chamar-se e alimentar-se uns aos outros. Normalmente, a cera dos machos torna-se num azul mais brilhante enquanto que a das fêmeas fica ligeiramente mais castanha. Isto nem sempre se verifica pois, em algumas fêmeas a cera parece nunca variar mas mesmo assim criam bem.
Será também uma boa ideia separar os machos das fêmeas algumas semanas antes do momento em que deseja que comecem a criar. Durante este tempo deve preparar as gaiolas nas quais os casais irão criar. As gaiolas completamente em metal são mais fáceis de limpar e ajudam a evitar os parasitas, não lhes dando nenhum local para se alojarem. Outra vantagem é que a fertilidade aumenta uma vez que os periquitos são aves de bando e que criam melhor em comunidade, assim, sendo as gaiolas todas em metal, as aves podem ver-se e têm uma ideia de colónia. Outra possibilidade é a criação em colónia. Se esta for a sua decisão, deverá então colocar no aviário pelo menos dois ninhos por cada fêmea de forma a evitar as lutas quando elas decidem todas querer o mesmo ninho!
Se preferir também pode utilizar material de madeira ou de plástico, de forma a facilitar a limpeza, com frentes de metal. Irá necessitar também de ninhos ou no chão da gaiola ou suspenso no exterior da mesma. Normalmente os ninhos suspensos são colocados numa das portas da gaiola. Pode também utilizar uma pequena camada de serradura no fundo do ninho (mas atenção, utilizar apenas serradura de pinho pois outras podem ser tóxicas, nomeadamente de madeiras exóticas) que ajuda a absorver as fezes das aves contribuindo para uma maior higiene e previne também que os ovos rolem no fundo do ninho sempre que a fêmea entra e sai.
De forma a prevenir infecções de parasitas, uma vez nascidas as crias deve limpar os ninhos regularmente (uma vez por semana por exemplo) e pulverizá-los com um insecticida próprio para aves (durante esta operação deve retirar as crias do ninho).
Se pretender assegurar que todos os ovos serão fertilizados poderá ser uma boa ideia aparar as penas (ou mesmo arrancá-las) quer do macho quer da fêmea na zona do ventre antes de os juntar na gaiola de criação e poderá fazê-lo também entre cada postura. No caso de estar a contar com alguma destas aves para alguma das primeiras exposições da época, deverá considerar bem este facto pelo que as pelas levarão bastante tempo a crescer novamente. Após formar o casal poderá esperar 21 dias para ver se produzem ovos. Se neste espaço de tempo não puserem nenhum ovo poderá separar o casal e tentar parceiros diferentes ou colocar os dois nas gaiolas de vôo durante algumas semanas antes de voltar a tentar juntá-los novamente. Na maior parte dos casos as fêmeas começam a pôr após 10-12 dias. A fêmea põe um ovo de dois em dois dias até finalizar a postura, que pode variar entre 3 e 9 ovos. Os ovos levam 18 dias a eclodir e, se todos foram fertilizados, as crias eclodirão de 2 em 2 dias. É possível também em alguns casos que o primeiro ovo demore mais que 18 dias a eclodir.
As aves irão necessitar de nutrientes extra durante o período em que alimentam as crias pelo que, deverá colocar à disposição das aves papa de criação além de também poder adicionar um tónico vitamínico na água da bebida.
Fonte: homepage.oninet.pt
Melopsittacus undulatos é o nome científico do periquito australiano, que como o próprio nome indica é nativo da Austrália. Pertence a família Psittacidae, ordem Psittaciformes, classe aves, e habita as regiões àridas da Austrália. Em 1805 foi descrito por Shaw e Nodder com o nome Psittacus undulatus, sendo o primeiro nome se referindo a um psitacídeo, e o segundo as marcas onduladas de suas asas. Em 1840, quando o famoso naturalista inglês John Gould teve contato com esses pássaros, ele observou seus sons, e acrescentou a palavra melo (som), antes da palavra Psittacus, ficando definitivamente melopsittacus undulatos.
A palavra budgerigar (como os periquitos são conhecidos na língua inglesa), vêm da palavra aborígene "bedgerigah" que significa "bom para comer", pois fazia parte da dieta das tribos aborígenes. Em 1840 quando John Gould retornou a Europa, levou consigo os primeiros periquitos, que aos poucos foram ficando conhecidos e também começou-se a sua criação em cativeiro. Em 1850, começou a criação de periquitos em larga escala em Antuérpia (centro do comércio de aves de gaiola), e a partir daí, virou febre em toda a Europa. A França importava sozinha cerca de 100.000 casais por ano. Como os criadouros da Holanda e Bélgica não conseguiam suprir essa demanda, milhares de periquitos selvagens eram importados diretamente da Austrália.
Preocupado com o fato de que essas capturas estavam dizimando as populações de aves nativas e também com a onda crescente de importações devido a enorme popularidade dos periquitos, o governo australiano, estabeleceu um embargo de exportações em 1894 (ainda hoje em vigor), o que acabou com o tráfico de periquitos selvagens. Isso no entanto não afetou a crescente popularidade dos periquitos, já que nessas alturas existiam grandes criadouros no sul da França (com cerca de 80.000 a 100.000 aves), e Bélgica. Da cor original (verde claro), surgiram mutações, que deram origem a centenas de cores encontradas hoje nos periquitos. Em 1870 surgiu a primeira mutação na Bélgica, causando grande espanto, um periquito amarelo de olhos vermelhos, (provavelmente um lutino).
Nesse mesmo tempo surgiram os amarelos de olhos pretos, mas a sensação surgiu em 1878, os celestes. Os brancos surgiram em 1917. Depois dos celestes vieram os verde escuro, que combinados com os azuis produziram os cobaltos, e a partir daí as mutações se multiplicaram, e até hoje continuam aumentando.
As principais são:
1) Alpiste.
2) Painço (quatro tipos: amarelo, verde, preto, vermelho).
3) Aveia.
4) Níger.
As sementes são o principal alimento dos periquitos, e exatamente por isso faço questão de sementes de excelente qualidade e boa procedência. Minha fórmula é 75% de alpiste + 25% de 4 tipos de painço e níger. Uso as sementes da Zootekna, (veja link embaixo do menu), o que me garante sementes limpas e de boa qualidade. A aveia pode ser usada em épocas especiais, como casal criando, e também para filhotes ganharem peso. Não aconselho deixar a disposição o tempo inteiro, porque de forma geral engorda os pássaros. É interessante servir numa tigela à parte, porque se misturada as sementes, fica difícil separar depois as cascas das sementes.
Excelente alimento, fornece vitaminas e minerais. Devemos priorizar as que têm folhas mais escuras como espinafre, chicória e almeirão, e evitar as de folhas claras como alface, pois contém muita água e poucos nutrientes. Eu forneço para meus pássaros 2 a 3 vezes por semana.
Como no caso das verduras, as frutas são ótimo alimento, fornecendo muitas vitaminas e minerais. Sem dúvida, a mais usada é a banana, excelente fonte de iodo, e auxílio para os filhotes ganharem peso rapidamente. Outras frutas como maça ou laranja também podem ser dadas. Atenção, não dê aos pássaros em nehuma hipótese o abacate, pois ele contém substâncias nocivas aos pássaros, e se ingerido é fatal.
Assim como as sementes, forneço a farinhada o tempo todo a todos meus pássaros, independente se estão criando ou não. Como disponho de pouco tempo, optei por fornecer uma farinhada já pronta, ao invés de prepará-la, (o que também é possível), e depois de alguma pesquisa sobre farinhadas, escolhi a farinhada Farimix Criador S.P. 27 para Psitacídeos da Zootekna com 27% de proteínas pela qualidade, palatabilidade e custo/benefício. Para os filhotes ainda no ninho e em fase de desmame, eu dou a papinha para filhotes Vital Bird Filhote, também da Zootekna, através de seringa com bico próprio para essa finalidade.
O milho verde é sem dúvida o alimento preferido dos periquitos. O milho é excelente hidratante e dá ganho de peso aos filhotes. Deve ser servido sem casca e bem lavado, e não deve ser servido cozido ou salgado. Também deve-se tomar cuidado para não servir milho com agrotóxicos. A espiga ideal, é aquela que não é amarelo/escura e dura, e nem branca/mole, a ideal, é aquela que está quase explodindo e brilhante. Eu sirvo aos meus pássaros de 2 a 3 vezes por semana, e particularmente me divirto vendo-os comer e se lambuzarem. Também gosto de ver os casais que estão criando alimentarem os filhotes depois de comerem milho, pois os filhotes ficam com os papos super cheios do suco do milho que os pais deram.
Deve estar sempre a disposição. Pode ser oferecida água tratada comum, pois o nível de cloro presente na água de consumo humano não representa problemas para os periquitos, no entanto, a qualidade da água da rede, varia de local para local. Outra opção é servir água filtrada ou fervida. A água pode ser servida tanto nos bebedouros tradicionais, como também em pequenas tigelas de porcelana. A vantagem dos bebedouros, é que os pássaros não defecam dentro, e a desvantagem, é que os filhotes recém saídos do ninho, não alcançam esse bebedouro. Existe também, o sistema automático de água, que consiste basicamente de um dispositivo que solta água bastando um toque, ligado por uma mangueira numa caixa d'água. Evitando assim, que os pássaros bebam água suja.
Grit ou areia, é um item muitas vezes esquecido na dieta dos periquitos. Facilmente encontrado nas casas de aves, e geralmente com preço acessível, o grit compreende além de grãos de areia selecionados, farinha de ostra, carvão vegetal, etc. Como essas aves não têm dentes, eles precisam ingerir grãos de areia, os quais ficam depositados na moela, e quando o pássaro ingere novas sementes, o pássaro movimenta a moela, usando esses grãos para moer as sementes. Deve-se deixar sempre à disposição.
Atenção: As informações contidas aqui, são fruto de minha pesquisa em livros de periquitos nacionais e importados. A idéia, é fornecer algumas informações e dicas aos interessados. Não aconselho, e não me responsabilizo pelo uso dessas informações, sem o devido acompanhamento profissional de um veterinário, de preferência especializado em aves.
Bastante conhecida pelos criadores, essa doença incomoda criadores no mundo todo há muitos anos. Os pássaros atacados pelo problema são também chamados de "asinha". Nenhum tratamento tentado surtiu efeito até hoje. Sua principal característica é o desenvolvimento anormal das penas em especial do rabo e asas. A forma de transmissão ainda é desconhecida, mas sugerem-se que por via oral seja a principal.
Não se explica porque nascem filhotes sadios de pais doentes, e vice-versa. O vírus causador dessa doença foi identificado como um circovírus.
Em sua grande maioria, os periquitos Machos têm carûncula (narina) Azul, e as Fêmeas Marrom, no entanto nem sempre é assim, (veja abaixo). Além disso, em algumas variedades como Albinos, Lutinos, Fúlvos e Claros de Olhos Pretos, os Machos não apresentam Carúncula Azul quando adultos, mas sim, Lilás